Mudança no calendário do Brasileirão acirra disputa: Flamengo se irrita e cobra CBF

Decisão repentina da CBF de antecipar o fim do Brasileirão gera tensão com o Flamengo, que vê prejuízo esportivo e questiona critérios adotados pela entidade

GERAL

Por Redação do FH

8/26/20254 min ler

A decisão recente da CBF de alterar o calendário do Brasileirão 2025 provocou forte descontentamento nos bastidores do Flamengo. A antecipação da rodada final para 7 de dezembro, além de outros ajustes ao longo da reta decisiva do campeonato, mudou drasticamente o planejamento do clube, especialmente no que se refere à preparação física, treinamentos e descanso dos jogadores num momento de disputa intensa em múltiplas frentes.

Além do desconforto imediato, a decisão da CBF acirrou o debate sobre a governança esportiva no futebol brasileiro. Internamente, o Flamengo avalia que o cenário cria precedentes indesejados e coloca em dúvida a previsibilidade de decisões para as próximas temporadas.

A discussão deve ganhar novos capítulos com a divulgação oficial da posição rubro-negra e possíveis reações de outros clubes igualmente afetados pelas mudanças. O argumento de preservação do “equilíbrio técnico” é visto com ressalvas por analistas e dirigentes: para parte dos concorrentes, o ajuste consolida vantagens para times que ficaram livres de compromissos nas fases finais da Libertadores, distorcendo o princípio da isonomia que deveria reger o Brasileirão.

O anúncio das mudanças ocorreu em um momento-chave para o futebol brasileiro, quando os clubes já haviam desenhado suas estratégias para a fase decisiva do calendário esportivo. O Flamengo, eliminado precocemente da Copa do Brasil, apostava em usar o período das semifinais e finais do torneio para treinos focados e recuperação do elenco — uma margem vista como essencial para quem busca títulos simultâneos no Brasileirão e na Libertadores.

De acordo com informações de diferentes portais esportivos, a diretoria do Flamengo viu a ação da CBF como uma interferência abrupta e sem negociação coletiva, rotulando o movimento de “virada de mesa”. A liderança rubro-negra se queixa de que pedidos simples, como alteração de horários pontuais, costumam ser ignorados pela entidade; por isso, a decisão de modificar todo o calendário sem consenso causou ainda mais ruído interno.

A CBF argumentou tratar-se de um realinhamento técnico para evitar conflito de datas com a Copa Intercontinental — mas a leitura interna do Flamengo é de que o ajuste favorece especificamente o Cruzeiro, principal concorrente nacional, que não terá compromissos nas rodadas finais da Libertadores, ao contrário de Flamengo e Palmeiras.

Ao suprimir duas semanas do intervalo originalmente previsto entre a última rodada do Brasileirão e a data final, a mudança impôs ao Flamengo uma rotina mais intensa e menos flexível. Diversos atletas do clube são constantemente convocados para seleções nacionais, o que já deixa o elenco desfalcado durante Datas Fifa. A nova configuração do calendário reduz o tempo disponível para preparação técnica e recuperação física, pontos fundamentais para manter o desempenho em alto nível no encerramento da temporada.

Exemplo prático desse impacto: a 27ª rodada do Brasileirão, reprogramada para 5 de outubro, acontece apenas nove dias após o duelo decisivo do Flamengo fora de casa pela Libertadores, na Argentina, contra o Estudiantes. Essa proximidade obriga o clube a administrar cuidadosamente o desgaste físico do elenco e ajustar a logística de viagens e treinos, sob risco de comprometer resultados nas duas competições.

A diretoria, segundo múltiplos veículos esportivos, prepara uma nota oficial reivindicando mais diálogo institucional na definição de agendas futuras e cobrando isonomia no trato dos clubes em disputas simultâneas. O clube enfatiza ainda que um calendário estável é condição básica para planejamento eficiente e para garantir as mesmas oportunidades esportivas a todos os times do campeonato.

O novo calendário já é um fato consumado — porém, abre espaço para futuras revisões quanto ao modelo participativo de gestão do futebol nacional. O caso evidencia como o alinhamento entre entidades e clubes, aliado ao respeito ao planejamento de cada equipe, é essencial para evitar distensões e favorecer o espetáculo esportivo.

No fim, a palavra-chave desta crise é previsibilidade: o Flamengo — e o torcedor — querem confiança na agenda e respeito à preparação esportiva, atributos cada vez mais valorizados no futebol de alto rendimento.

Impactos diretos no planejamento do Flamengo
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