Jorginho recusa propostas do Sport e reacende polêmica de 1987: “Sou campeão brasileiro pelo Flamengo”

No futebol, escolhas pessoais muitas vezes falam mais alto que qualquer contrato. Foi exatamente isso que Jorginho deixou claro ao recusar, mais de uma vez, propostas para comandar o Sport Club do Recife. Ídolo do Flamengo e peça marcante na conquista da Copa União, ele afirma de forma aberta e sincera: “Nunca vou trabalhar no Sport. Eu sou campeão brasileiro de 1987 pelo Flamengo.”

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Segundo Jorginho, o Sport chegou a procurá-lo em pelo menos duas ocasiões, mas ele sempre recusou. O principal motivo? A eterna polêmica do Brasileirão de 1987. O clube pernambucano pediu, inclusive, que ele reconhecesse o título do Sport – algo impossível para o treinador, que viveu a conquista pelo Flamengo dentro de campo. “Não posso falar uma coisa que vivi de outra forma. A gente foi campeão.”

Copa União: ferida aberta no futebol nacional

O episódio de 1987 ainda mexe com torcedores de todo o Brasil. Naquele ano, o campeonato foi dividido em dois módulos: o Verde (com os clubes mais tradicionais, entre eles Flamengo e Internacional) e o Amarelo (onde estava o Sport). O regulamento, que mudaria durante o campeonato, previa um cruzamento entre os primeiros colocados de cada módulo, mas Flamengo e Inter não aceitaram o acordo que foi proposto depois da bola já estar rolando. Assim, Sport e Guarani disputaram a decisão — e o Sport acabou reconhecido oficialmente como campeão brasileiro pela CBF, após anos de disputa judicial até a palavra final do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Jorginho, porém, o sentimento de campo é maior que qualquer decisão tomada fora das quatro linhas. “Tentaram mudar o regulamento no meio do campeonato e a gente não aceitou de jeito nenhum”, lembra ele, sempre reforçando a validade do título do Flamengo.

Rivalidade que segue viva

A fala do ex-lateral reacendeu debates, especialmente entre torcedores do Sport, que se sentiram provocados pela postura firme de Jorginho. O treinador, no entanto, nunca demonstrou mágoa pessoal; ele simplesmente acredita que o que foi conquistado no gramado fala mais alto que reconhecimentos posteriores. A repercussão dessa recusa é sintomática: mostra que, no futebol, as marcas históricas e a busca por reconhecimento permanecem ativas no cotidiano dos clubes e nas carreiras dos seus personagens principais.

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