O Dinheiro e as Contratações vão agir a tempo de classificar o Flamengo contra o Atlético MG?

Consegue virar? O que esperar do jogo de volta Atlético MG x Flamengo pela copa do Brasil 2025, nesta quarta-feira, 06/08/2025.

VAI E VEM DO MERCADOCOPA DO BRASIL

8/5/20253 min ler

Disputa na área. Flamengo x Atlético MG pelo Brasileirão em 27/07/2025.
Disputa na área. Flamengo x Atlético MG pelo Brasileirão em 27/07/2025.

Sabe aquela conversa que a gente sempre tem, seja no churrasco ou no grupo da galera? Se dinheiro realmente ganha campeonato ou se, no fim das contas, a bola pune e a mágica do "onze contra onze" ainda existe. Pra gente, que é Flamengo, essa discussão ficou ainda mais quente nos últimos anos. E agora, com esses dois jogos seguidos contra o Atlético-MG e a decisão da Copa do Brasil batendo na porta amanhã, o assunto ferve.

A gente pode sonhar, e o dinheiro ajuda nisso

Vamos ser sinceros: é um alívio danado ver o Flamengo com a saúde financeira que tem hoje. Quem é mais antigo, como eu, lembra bem dos perrengues, da época em que contratar um jogador mediano já era motivo de festa. Hoje, a realidade é outra. O clube investiu mais de R$ 1 bilhão desde 2019 e, só este ano, já trouxe reforços de peso como Saúl, Emerson Royal e o Samuel Lino, que se tornou a contratação mais cara da nossa história.

Isso enche a gente de orgulho e, claro, de esperança. Significa que podemos brigar de igual para igual por qualquer jogador, que temos um elenco que mete medo. O dinheiro compra essa possibilidade, essa cadeira na primeira fila da briga por todos os títulos.

Mas futebol não é matemática...

Aí que o negócio fica bom. Se fosse só botar a grana na mesa, a gente não teria sofrido tanto na vida. Pegue o exemplo do Alcaraz, que custou uma fortuna (R$ 108 milhões) e no final não funcionou. Ou mesmo os enfrentamentos equilibrados da primeira Copa do mundo de clubes onde achávamos que os times da Europa seriam muito superiores, e vencemos o Chelsea com o pé nas costas.

O dinheiro compra o talento, mas não garante o gol, a assistência, a sintonia fina com o resto da equipe. É um lembrete de que, por trás dos milhões, tem gente, tem tática, tem um grupo que precisa "falar a mesma língua".

O tira-teima contra o Galo

E para provar que o futebol é essa caixinha de surpresas, tivemos esses dois últimos jogos contra o Atlético, que foram um resumo perfeito de tudo isso.

Primeiro, no Brasileirão (27 de julho), a gente levou a melhor. Ganhamos por 1 a 0, gol do Léo Ortiz. Foi um jogo duro, mas que pareceu confirmar a tese: nosso elenco mais caro e com mais opções fez a diferença. Saímos do Maracanã com a liderança e com aquela sensação de "ufa, a lógica prevaleceu".

Quatro dias depois, no mesmo estádio, pela Copa do Brasil (31 de julho)... um balde de água fria. O Atlético veio mais fechado, mais eficiente, e com um gol do Cuello, levaram a vitória por 1 a 0. Eles mostraram que um time bem treinado, organizado e com uma estratégia clara pode, sim, anular um adversário tecnicamente mais forte. Foi a vitória da tática sobre o talento individual.

E agora, o que esperar do jogo na Arena MRV?

Com essa derrota em casa, a gente vai pra Minas com a corda no pescoço. E é aí que mora a nossa esperança de torcedor. O que a gente sonha para amanhã?

A gente sonha que todo esse investimento se transforme em poder de reação. Que a estrela de um Saúl, de um Samuel Lino, de um craque qualquer do nosso lado brilhe na hora que mais precisamos. Sonhamos que nosso treinador encontre a solução tática para furar a defesa deles e que o time mostre a raça que essa camisa exige em jogos de mata-mata.

A gente sabe que não vai ser fácil. O Atlético-MG, apesar do péssimo momento que está, é um timaço, tem um projeto técnico sério e uma torcida que vai jogar junto com eles. Respeito por eles é o mínimo. Mas a gente também sabe da força do nosso elenco. A nossa esperança está na qualidade que o dinheiro nos permitiu ter.

No fim, a expectativa é de um jogaço. Que o Flamengo entre em campo sabendo que tem mais talento, mas com a humildade de quem viu que só isso não basta. Que a gente consiga virar esse placar e seguir na Copa.

Que vença o melhor... mas que seja o nosso Mengão

André Rocha

é o Editor-Chefe e Analista do flamengohoje.net. Especialista em análise de dados e táticas do futebol, ele une a paixão de torcedor com a precisão dos números para trazer um olhar único sobre o universo do Flamengo.