
Barca do Flamengo: Quais os benefícios e os riscos da saída de 06 jogadores de uma vez.
Saídas no Flamengo: “número elevado de jogadores” expõe disputas por espaço e seis nomes entram em indefinição
VAI E VEM DO MERCADO
Por Redação do FH
8/13/20255 min ler


O Flamengo convive com um “número elevado de jogadores”, diagnóstico feito por Filipe Luís após a vitória sobre o Mirassol, o que reposiciona a janela de transferências até 2 de setembro como peça central na gestão do elenco. O técnico deixou jogadores experientes fora da lista de relacionados e não utilizou reforços recém-chegados, sinalizando a necessidade de abrir espaço para manter a competitividade interna e a lógica de banco.
“Pode ser que cheguem mais peças, pode ser que saiam. Estamos com um número elevado de jogadores, pode ser que tenhamos algumas saídas.”
Meio-campo mais disputado
As chegadas de Saúl e Carrascal ampliam a concorrência por minutos. Em jogo recente, Emerson Royal e Samuel Lino foram titulares, enquanto os dois meias ficaram no banco; Carrascal ainda aguarda sua estreia nas competições disponíveis. O efeito imediato é a compressão de minutos para jovens e jogadores de baixa rotação.
Hierarquia nas pontas: Samuel Lino, Bruno Henrique e Cebolinha
O Flamengo contratou Samuel Lino, a compra mais cara da história do clube, para ser titular na ponta esquerda. Bruno Henrique segue como alternativa, mas pode desfalcar a equipe a depender de julgamento no STJD por suposta infração de 2023. Nesse arranjo, Lino se consolida, enquanto Cebolinha busca reconquistar espaço.
Critério de banco e cortes técnicos
Filipe explicou que a formatação do banco obedece ao que o jogo pede, considerando funções e probabilidade de uso. Na lateral esquerda, por exemplo, três jogadores para a mesma função têm baixa chance de acionamento, o que motivou a escolha por deixar Viña fora para treinar. Em um elenco numeroso, esse critério torna cortes mais frequentes, inclusive entre atletas com status consolidado.
Lesionados que voltam e “reforço interno”
Três jogadores frequentemente titulares estão no departamento médico. Danilo (coxa) e De la Cruz (joelho) devem voltar em breve, enquanto Pulgar (fratura no pé) tem retorno previsto para outubro. Esses retornos funcionam como reforço interno, intensificando a disputa por vagas e influenciando decisões sobre a lista de relacionados.
O que muda na prática
A priorização de goleiro e zagueiro tende a fortalecer o sistema defensivo no curto prazo.
A contratação de um centroavante móvel é a peça que mais altera o repertório ofensivo, oferecendo variações de pressão, ataque à profundidade e resposta a defesas baixas.
Saídas de jogadores com baixa minutagem podem reduzir custo e desafogar setores superpovoados, tornando o elenco mais funcional.
Benefícios potenciais e riscos das negociações em curso
Benefícios
Racionalização do elenco: cortes técnicos deixam de ser aleatórios e passam a refletir necessidade por função.
Saúde financeira e competitividade: com receitas de vendas, o clube mantém margem para fechar lacunas críticas sem desequilibrar o caixa.
Clareza de hierarquia: a definição da ponta esquerda com Samuel Lino e a busca por um 9 de perfil complementar reduzem a previsibilidade do ataque.
Riscos
Timing: saídas antes de reposições podem criar buracos temporários, especialmente em sequência decisiva de jogos.
Execução na Europa: negociações por Beltrán e Castellanos não avançaram, ilustrando a dificuldade de mercado para um 9 móvel.
Valorização: ativos com pouca minutagem tendem a ter propostas menores, reduzindo poder de barganha perto do fechamento da janela.
Setores congestionados e primeiras decisões


Prioridades no mercado e orçamento disponível
O clube já investiu 43 milhões de euros nas chegadas de Emerson Royal, Carrascal e Samuel Lino; Saúl chegou sem custo de passe, com pagamento de luvas e comissão. Com vendas de Gerson (Zenit) e Wesley (Roma) somando 50 milhões de euros, a diretoria admite espaço para investir cerca de 15 milhões de euros adicionais nesta janela. As prioridades mapeadas são três: goleiro, zagueiro e centroavante.
A última lacuna é o “9” com perfil diferente de Pedro, com mais mobilidade. Nomes como Lucas Beltrán (Fiorentina) e Taty Castellanos (Lazio) foram sondados, mas as conversas não avançaram.
O planejamento prevê movimentos oportunos, já que os pagamentos são parcelados, dando autonomia para calibrar o momento de novas investidas.


Na lateral esquerda, há três opções: Alex Sandro, Ayrton Lucas e Viña. Diante da baixa probabilidade de uso simultâneo, cortes na relação se tornam recorrentes; contra o Mirassol, Viña ficou fora por decisão técnica.
Ayrton Lucas atrai interesse do Al‑Nassr, sem proposta formal até aqui.
Entre os atacantes, Michael e Juninho foram ausências na relação e acumulam sinais de perda de espaço.
Casos individuais em destaque
Michael — Não entra em campo desde 24 de junho e não é relacionado desde 12 de julho. Recuperado de dores no tornozelo, voltou a treinar, mas seu estafe busca mercado. O jogador recusou empréstimo do Al‑Ula; internamente, uma saída é vista como possibilidade para liberar espaço.
Juninho — Recebeu duas propostas de empréstimo da Arábia, recusadas pelo clube. A busca por um centroavante tende a reduzir ainda mais a sua janela de minutos.
Cebolinha — Chegou a ser considerado negociável pelo histórico médico e rendimento recente, sem propostas até o momento; pode recuperar espaço sob Filipe.
Matheus Gonçalves — Quase foi ao Cruzeiro e tem sinalização de interesse do CSKA; volta ao sub‑20 para reforçar o time nas próximas semanas, enquanto o clube define o melhor desfecho para sua evolução.


André Rocha
é o Editor-Chefe e Analista do flamengohoje.net. Especialista em análise de dados e táticas do futebol, ele une a paixão de torcedor com a precisão dos números para trazer um olhar único sobre o universo do Flamengo.
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